Sair da zona de conforto no show bizz é regra. No primeiro telefonema que recebi para integrar a equipe da nova tour do Alexandre Pires, o “Baile do Nêgo Véio”, não tive dúvidas… Boooora lá, desafio lançado!!!
Primeiro, o artista… O Alexandre é um cara que tem um carisma incrível, ouve música, toca tudo, canta muito e conhece áudio… Não tem aquela de querer o som “mais azul”, e loucuras desse tipo. Já sabe o que quer ouvir e pronto. Simples assim. Tem seus reverbs na cabeça, os pontos de delay, o lugar da harmonia na mix, as cápsulas de microfone que prefere, etc. Fica bom mixar!!! Let’s mix “Music”!!!
Segundo, a banda… Só feras, com a direção musical e os teclados do Pedrinho Ferreira, Dani Batera, Cláudio Bonfim (bass), Didi Pinheiro (cavacos), Davidson (violão & guitarra), Adriano Caneta (sax), a batucada brasileira de Kadú & Michelzinho e os backings Cauê & Nando. Um groove de primeira para um show de 3 horas de pura diversão no stage, em uma viagem intensa por várias bandas e hits dos anos 90.
Sob o comando e o help do Emerson “General” Porfa (parceirão de primeira nessa nova empreitada), que já trabalha com o Alexandre há muito tempo, tentei entender o mais rápido possível o caminho desse show e assimilar com detalhes o gosto pessoal de cada um. Com 64 canais (56 definidos para a tour), 22 mixes e a diversidade do set list, foi importantíssimo desde o início dos ensaios no estúdio Gravodisc, estudar as canções e suas particularidades de como deveriam soar no stage.
Graças ao CARA lá de cima, todos de in-ears, sem amplificadores no palco, com o side na maioria do tempo fechado, utilizado apenas em situações nas quais os convidados do evento não utilizam phones, quando o Alexandre pede e em determinadas casas pra dar aquele plus nos subs do stage. Sem exageros e sem querer fazer o show do monitor.
Para essa tour ainda concentrei as cenas do monitor na velha e boa PM5D_RH, que apesar de fora de linha, ainda é a console que mais encontramos por aí, na realidade das nossas estradas e stages… Sistema de monitoração e microfones Sennheiser, com duas opções de cápsulas; a da própria Sennheiser e outra Neumann. O show “Mi Corazón Latino”, que só levamos pra fora do Brasil, tem a Venue Mix Rack e a CL5 como consoles de monitor preferenciais, mas isso será conversa pra outro post.
A tour realizou até a data dessa publicação, cerca de 40 shows, e se algo mudar no decorrer da agenda, eu entro com um post atualizado sobre possíveis modificações, ok???
Quero agradecer a confiança no meu trabalho e a recepção na equipe galera, que ainda tem Marquinhos Mosqueira, Junera, Alicate, Felipe, Will, Leandro, Léo Lima (e seus clicks incríveis), Marlene e toda a produção da Ghetto!!!
Por enquanto é isso… E Segue o Baile que o groove é forte!!! Se você ainda não caiu no nosso balanço, procure saber o que anda perdendo!!!… Hehehehehe.
Até o próximo.
(Click by Léo Lima)