Os maiores erros no “Universo In-ear”…

BeFunkybw_null_1Apesar do espetacular mundo das caixas de monitor (só as originais), que por sinal eu amo de paixão, fico imaginando um Free Jazz ou outros eventos desse porte com consoles digitais e in-ears, se eles já existissem na época… É verdade, o Paraíso existe, e como eu sempre digo (sem generalizar), não existe quem não goste, mas quem usou errado. Fato!!!

Sem querer ser dono da verdade, e muito longe disso, ainda encontramos erros básicos inacreditáveis por aí, por incrível que possa parecer… Vamos lá:

Primeiro: “o artista não fala com o técnico”!!!… É demais… Você não precisa assistir o Jornal Nacional, a novela das nove e comer uma pizza depois na casa dele, mas pelo menos que saiba quem está na console, o seu conhecimento sobre o assunto, seu sistema de trabalho, estrada e, principalmente, conceitos sobre preservação auditiva. Simples assim… Meia hora de conversa e está tudo resolvido no stage. Uma comunicação combinada durante o show é regra para uma mix confortável e livre de problemas, pois “o cara aí do som” não vai resolver nada!!!

Segundo: “a escolha equivocada do equipamento”!!!… Bom, hoje em dia todas as empresas especializadas no assunto disponibilizam todos os modelos de fone para “degustação”, além de profissionais de ponta para audiometrias e outros cuidados, antes que seja feita a opção por este ou aquele equipamento… Fato. Faça seu artista ouvir alguns dos seus programas prediletos em casa e ter absoluta certeza de qual modelo o deixa mais confortável, antes de partir para os finalmente, como moldes, etc… Hoje o mercado nos deixa inúmeras possibilidades e sonoridades a disposição!!!…

Antes de entrar no assunto “mixes”, pelo amor do CARA lá de cima, sempre os dois lados dos fones na orelha!!! Além de um lado só induzir mais 6 dB no botão de volume e detonar sua audição e sua mix, dirigir uma Ferrari com duas rodas e ver um jogo da NBA com um time só na quadra seria muito sem graça…

Meu sistema de trabalho, vencidas as barreiras citadas acima, é trazer os músicos até a console e partindo do gosto pessoal de cada um, dentro de um discernimento de mixes sugeridas, fazer os ajustes de volume para que exista uma margem segura e confortável de trabalho e sintonia fina no equilíbrio, efeitos e timbres, sempre respeitando o espaço e imagem do stage (absolutamente regra!!!). Já trabalhei com uma curva (muito discreta) de acordo com a audiometria de cada um no stage, e foi muito produtiva, além de muito recomendada.

Sobre uma varredura de RF, nem vou entrar no assunto, pois é o básico do básico… Não existe nada pior do que a transmissão e recepção falharem na primeira música, o que no meu caso de “Cancerianice explícita”, destruiria o show inteiro… Hehehehehe.

Bom… É mais ou menos assim que eu gosto de trabalhar… Mais uma vez, quero ressaltar a importância da preservação auditiva e dizer que engenheiro de monitor não morde e joga no mesmo time de todos no stage, ok???… Hahahaha.

Até o próximo e boas mixes!!!