Charlie Brown Jr., saudades “Master”!!!

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Eu sempre disse que Charlie Brown Jr. não era uma banda com fãs, mas uma religião com fiéis, que anda fazendo muita falta nos stages do Rock Brasil!!!… Nunca presenciei uma histeria coletiva igual, quando se apagavam as luzes do ginásio e o Chorão dava seu grito de guerra!!!… Que saudade dessa loucura galera!!!… Era lindo ver o mar de gente e a integridade do local conservados após “Confisco” e “Não Deixe o Mar Te Engolir” no set list!!!

Uma mix básica e bem resolvida era lei com o Charlie Brown Jr. Pedi ao Chorão quando entrei na tour se poderia modificar algumas coisas que talvez melhorassem o resultado final e fui autorizado. Toda a tour naquele ano foi feita com a Gabisom, o que tornou o trabalho muito fácil e seguro, ainda mais com o Wilsão “Relax” Gonçaves no PA!!!

Na mix da voz utilizamos quatro monitores Clair em linha reta, um metro e meio atrás da linha do palco, para criar um espaço a pedido do Chorão. No baixo do Champ e nas guitarras (uma porrada na orelha com a dupla Marcão & Tiago) um par de monitores pra cada um, na bateria um par mais um sub, e dois monitores embaixo do praticável central, virados para o centro do palco, que trabalhavam somente com a voz principal e uma mix da bateria (muito úteis em ginásios e casas com acústica complicada).

Nenhum “edifício” no palco… O side era rigorosamente dimensionado para que cobrisse todo o espaço criado com o recuo dos monitores de frente, sem ultrapassar um limite seguro de SPL. Toda a mix de monitor era feita na velha e boa Ramsa 840, a mesa mais roqueira que eu conheci na vida!!!… A base do operacional era um som bem definido da voz principal, vocal do baixo, e uma pegada pesada da cozinha. As guitarras cruzadas nos sides e dosadas nos spots de chão individuais.

O segredo do som de bateria era a qualidade da bateria DW do Pelado e a “trigada” de todas as peças, mas sempre com o som acústico mandando na mix. O trabalho com os samplers de bateria era muito importante no timbre, pois a equalização era feita para que eles apenas acrescentassem pontas de altas e graves ao som original da DW (aquela pegada meio “Metallica”…rs), sem atrapalhar o PA, é claro…

Um trabalho simples e de bom resultado!!!… Adorei fazer parte da família CBJ!!!

Que o CARA lá de cima cuide bem desses “moleques”, porque aqui foi bem divertido estar com eles no stage!!!

Abraços!!!

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